Sobre a Cidade
Brasília
Em 1823, José Bonifácio de Andrade e Silva, o Patriarca da Independência, propôs a criação de uma nova capital no interior do Brasil (sugerindo o nome Brasília), longe dos portos, para garantir a segurança do país. A vocação mística de Brasília se inicia quando é incorporada à sua história o sonho de Dom Bosco. O Santo Italiano sonhou com uma depressão bastante larga e comprida, partindo de um ponto onde se formava um grande lago, entre os paralelos 15º e 20º, e que repetidamente uma voz lhe dizia que ‘... Quando vierem escavar as minas ocultas, no meio destas montanhas, surgirá aqui a terra prometida, vertendo leite e mel. Será uma riqueza inconcebível...'
No ano de 1892, foi nomeada a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, liderada pelo astrônomo Luiz Cruls e integrada por médicos, geólogos e botânicos, que fizeram um levantamento sobre topografia, o clima, a geologia, a flora, a fauna e os recursos materiais da região do Planalto Central. A área ficou conhecida como Quadrilátero Cruls e foi apresentada em 1894 pelo Governo Republicano.
Somente em 1955 foi delimitada uma área de 50 mil quilômetros quadrados – onde se localiza o atual Distrito Federal. A construção da nova capital teve início em abril de 1956, no comando do então presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, com a criação da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (NOVACAP) e o projeto de lei 2.874. O governo lançou o edital do Concurso Público para a construção do Plano Piloto. Lúcio Costa foi o vencedor do projeto urbanístico que partiu do traçado de dois eixos cruzando em ângulo reto como o sinal da cruz. Um destes eixos leva às áreas residenciais, sendo levemente inclinado, dando à cruz a forma de um avião; o outro, denominado Monumental, com 16 km de extensão, abriga os prédios públicos e os palácios do Governo Federal no lado leste; no centro a rodoviária e a torre de TV; e no lado oeste os prédios do Governo do Distrito Federal. Oscar Niemeyer foi o autor dos principais projetos arquitetônicos da cidade.
No dia 21 de abril de 1960, a estrutura básica da cidade está edificada e Brasília então é inaugurada. Os candangos (nome dado aos primeiros habitantes da nova cidade) comemoram ao lado de Oscar Niemeyer, Israel Pinheiro, Lúcio Costa e Juscelino Kubitschek, os principais responsáveis pela construção de Brasília.
O que fazer em Brasília
A concentração de cartões-postais em uma mesma avenida dá ao turista que chega a Brasília a impressão de conhecê-la em pouco tempo. Não se engane! A capital é muito mais que os monumentos do Eixo Monumental.
Se tiver apenas algumas horas para visitar a cidade, você sairá de lá com fotos que farão qualquer um acreditar que a conheceu intimamente. Em uma hora é possível circular por todo o Eixo Monumental: Congresso Nacional, Catedral, Palácio do Planalto, Museu da República e Memorial JK darão um belo álbum de fotografias. Mas será suficiente?
O encantamento que a beleza arquitetônica de Brasília causa satisfaz os turistas mais apressados, porém o segredo está mesmo no interior desses prédios. E para visitá-los é preciso um pouco mais do que algumas horas.
Essa é a vantagem de Brasília: é possível conhecê-la em uma hora ou em um mês. Aproveite tudo o que a capital tem a oferecer. A cada visita, um novo roteiro o tornará ainda mais apaixonado pela cidade.

Torre de TV Digital
O mais novo ponto turístico da Brasília está tornando-se o mais visitado - o que é facilmente explicável pela lindíssima vista.
Palácio do Itamaraty
A elegância do palácio é percebida ainda do lado de fora. Os arcos que compõem a fachada diferenciam o palácio de todos os outros prédios da Esplanada dos Ministérios. O projeto paisagístico de Burle Marx leva vida ao concreto e o espelho d’água nos faz acreditar que o prédio é capaz de flutuar.


Palácio da Alvorada
Inaugurado em 1958, o Palácio da Alvorada é a residência oficial do governante em exercício. O tour é o mais concorrido da cidade, afinal, todos querem conhecer a casa do Presidente da República.
Congresso Nacional
A imagem das duas torres de 28 andares - as mais altas da cidade - com uma cúpula côncava (Senado) e outra convexa (Câmara) é o mais famoso cartão-postal de Brasília. Sede do Poder Legislativo, o Congresso Nacional é o grande foco das manifestações populares que acontecem na cidade. Não é raro se deparar com uma multidão em protesto nos gramados.

A rota do pôr do sol
O espetáculo é quase diário: a bola de fogo no céu pode ser vista de quase toda a cidade. Basta descer do prédio ou olhar pela janela. Mesmo dirigindo, é só mirar o horizonte. Em Brasília, o entardecer é sempre uma grande surpresa, mesmo que seja frequentemente um visual grandioso.
O planejamento da cidade - com prédios baixos, largas avenidas e grandes espaços verdes - permite que o pôr do sol seja visto em toda a sua extensão. Às vezes com nuvens disformes, em outras com belas formas. O sol pode estar meio escondido, ou em toda a sua imensidão, brilhando em tons quentes no horizonte. Onde quer que você esteja, entre 17h e 18h30, prepare a câmera e escolha a sua moldura predileta para o fim do dia.
Ermida Dom Bosco
Se você procura um pôr do sol com a silhueta da cidade, o melhor lugar é a Ermida Dom Bosco. Do outro lado da margem o sol vai descer bem ao fundo dos principais prédios do Plano. À beira do Lago Paranoá, deitado na grama, você poderá ver Brasília totalmente integrada ao entardecer.
Praça do Cruzeiro
O ponto mais alto da cidade mantém o sol por mais tempo. Da Praça do Cruzeiro a paisagem é limpa e sem construções. Apenas uma cruz, onde foi realizada a primeira missa de Brasília, interfere na cena. O resto é com você! No período da seca, é possível fazer todas aquelas fotos interagindo com o sol. Uma enorme bola de fogo se forma no céu e convida os motoristas a pararem os carros para observar o espetáculo. É o pôr do sol mais tradicional dos brasilienses.
Congresso Nacional
O prédio mais famoso de Brasília proporciona algumas das mais belas fotos da cidade. Entre as duas torres do Congresso Nacional o sol desce calmamente e convida a vários cliques. As cúpulas ganham formas negras e as silhuetas dos guardas finalizam a composição da cena.
Já registrou a foto de fora do prédio? Corra para a chapelaria (entrada de carros abaixo da rampa). Lá o espetáculo é inusitado. A pequena abertura entre o térreo e o subsolo permite a entrada de feixes de luz quase mágicos. Vale a corrida!
Torre de TV
O mirante proporciona visão de 360° do Plano Piloto. A vantagem do lugar é poder ter uma visão geral tanto contra quanto a favor do sol. De um lado, os prédios estarão iluminados pela luz que se vai; do outro, o pôr do sol convida para o término do dia. Os dois são igualmente bonitos. Aproveite para permanecer até o anoitecer e acompanhar as luzes de Brasília.
Eixo Monumental
Se o trânsito o pegou desprevenido e você ficou preso no Eixo Monumental, não há por que se apavorar. Será possível registrar uma das mais famosas silhuetas da cidade. Quem sobe o Eixo, vindo do Congresso Nacional, dirige acompanhando os trabalhadores na plataforma superior da Rodoviária. São dezenas de pessoas emolduradas pela parada de ônibus, com o sol e a Torre de TV ao fundo.
Deck da Asa Norte
Um dos mais novos pontos de encontro do brasiliense já é famoso pelo fim de tarde sensacional. À beira do Lago Paranoá, moradores caminham em busca da melhor paisagem. Do deck de madeira acompanham o sol que se põe encontrando a água. Os caiaques para aluguel são um convite para ver o entardecer de dentro do lago.
Pontão do Lago Sul
Restaurantes, bares e belos jardins dão ainda mais graça ao fim do dia em Brasília. Não é incomum encontrar noivas que aproveitam a luz da tarde para fotos de casamento. E a escolha tem um por que. O sol se põe ao fundo do Lago Paranoá. A cena pode ser acompanhada com um brinde em um dos bares locais.
Para entender o Plano Piloto
A área tombada de Brasília é formada pelo Plano Piloto, projeto urbanístico de Lúcio Costa que venceu o concurso para a nova capital. O traçado da cidade lembra um avião, com dois eixos principais: o Eixo Monumental (de prédios públicos) e o Eixo Rodoviário (residencial). Ao longo dos eixos estão os setores que dividem a cidade por atividades (comercial, hoteleiro, bancário, hospitalar etc.). As quadras residenciais são organizadas em blocos numerados, com endereços que seguem uma lógica que facilita a localização. Por exemplo: SQS 308 — Superquadra Sul, quadra 308.
SIGLAS
- SQ – Superquadra
- EQ – Entrequadra (comércio local)
- CL – Comércio Local
- W – West (lado oeste do Eixão)
- E – East (lado leste do Eixão)
- SHS – Setor Hoteleiro Sul
- SHN – Setor Hoteleiro Norte
- SAAN – Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte
- SIA – Setor de Indústria e Abastecimento
NÚMEROS
- Fundação: 21 de abril de 1960
- População: cerca de 3 milhões (incluindo Região Metropolitana)
- Altitude: 1.172 metros
- Área: 5.802 km²
- PIB: R$ 325 bilhões (aprox.)
- Temperatura média: 20,6 °C
TELEFONES ÚTEIS
- Polícia: 190
- Bombeiros: 193
- Emergência médica (SAMU): 192
- Aeroporto: (61) 3364-9000
- Rodoviária Interestadual: (61) 3231-2933
- DER-DF: 162 (opção 5)
- Administração Regional do Plano Piloto: (61) 3329-9100